quarta-feira, 10 de novembro de 2010

OBRA DE ARTE



Wassily Kandinsky foi um grande pintor que se destacou no movimento do Abstracionismo. Sem se importar com as formações das linhas, como numa pintura acadêmica, tinha o objetivo de emitir com fácil identificação o que propunha. O Abstracionismo permite que o artista tenha liberdade em expressar aquilo que sente através de linhas soltas.
Kandinsky sempre buscou na música a inspiração para suas pinturas. Com isso, ele criou diversos estilos onde buscou representar suas obras. Primeiro buscou mostrar as representações das formas da natureza, equilibrando no seu quadro harmonia e cor. Todos esses ingredientes foram suficientes para que Kandinsky pudesse gerar idéias para as suas novas obras que viriam a surgir. Em segundo, passou a trabalhar com o espaço limitado, negando-lhe a liberdade ao objeto. Logo após, em suas obras abstratas, trabalhou com manchas coloridas, isso lhe permitiu que pudesse trabalhar bravamente com linhas soltas, porém violentas e parecidas com o romantismo.


Imagem 01: Concentric Rings, Kandinsky.
Fonte: http://christiansassis.blogspot.com/2010/09/obra-de-kandinsky.html


Imagem 02: Composição 7 (1913), Kandinsky.
Fonte: http://joanaemarta.no.sapo.pt/telas_kandinsky_set.htm

Desses passos, Kandinsky se incorporou profundamente nas cores. E com a chegada na Bauhaus, passou a exercer o papel de professor, dando aulas em ateliês e incorporando mais um estilo: a geometria e interação de formas, como pode ser observado numa de suas obras.

Imagem 03: Several Circles, Kandinsky.
Período: Janeiro - Fevereiro 1926
Técnica e dimensão: óleo sobre tela 55.1x4x55.3
Localidade atual: Paris

Com as formas dos círculos, ele passa a assumir uma forma dominante, trabalhando com o antagonismo para conseguir obter o equilíbrio.
Kandinsky apresentou um conhecer impulsivo com o conhecimento científico, mostrando um amor demasiado por círculos, explicando assim, a formação do universo. Com isso, podemos analisar que a vida de Kandinsky também passou por uma forma circular, um "ciclo", por exemplo, nasceu em dezembro e morreu em dezembro.





OBRA DE ARTE

Com inspiração nas principais características da Bauhaus, tanto na arte quanto na arquitetura, criamos o objeto a seguir:

Imagem 04: Croqui da obra
Elaboração: Karine Balzan.



É uma releitura da obra Several Circles de Wassily Kandinsky, um dos destaques na arte da Bauhaus, entre outros movimentos.
Um dos materiais mais utilizados na arquitetura da Bauhaus é a madeira, que está representada pela placa de MDF. O fundo branco se remete à principal cor usada nas fachadas, que serve para dar ênfase à estrutura das edificações.
No lugar dos círculos da obra, utilizamos quadrados que fazem referência as formas geométricas simples que também eram muito utilizados na arte, além das cores primárias como azul, amarelo e vermelho. Futon é um tipo de colchão usado na cama tradicional japonesa, e a utilização das miniaturas no objeto é uma relação entre a estética e a funcionalidade, e na nossa obra de arte faz uma representação ao design da Bauhaus. Assim, nessa obra conseguimos reunir arquitetura e belas artes desse movimento da vanguarda.
O objetivo do objeto é chamar atenção do observador e uma interação com ele. E por esse motivo, a escolha do tecido foi fundamental, pois buscamos um tecido que fosse de agradável sensação ao toque.



Passo a passo para a construção do objeto:

Após a definição e compra dos materiais, começamos desenhando os quadrados nos tecidos e depois cortando-os, para a confecção dos mini-futons. Em seguida, os confeccionamos com cola quente e grampos.


Imagem 05: Desenhando os quadrados
Foto: João Figueira




Imagem 06: Corte dos tecidos 1
Foto: João Figueira



Imagem 07: Corte dos tecidos 2
Foto: João Figueira



Imagem 08: Corte dos tecidos 3
Foto: João Figueira




Imagem 09: confecção dos futons 1
Imagem: Tariê Drey


Imagem 10: confecção dos futons 2
Foto: Tariê Drey

Depois disso, o forro de cada futon foi feito com reaproveitamento de materiais recicláveis como plástico, papel, jornal, colocados através de uma abertura feita atrás dos mini-futons.

Imagem 11: preenchimento do forro 1
Foto: Simone Borges


Imagem 12: preenchimento do forro 2
Foto: João Figueira


Imagem 13: Futon quase pronto
Foto: João Figueira

Costuramos os botões para dar uma estética mais parecida com os futons reais, e após isso colamos cada futon na placa de MDF, em uma disposição parecida com a obra de Kandinsky. Essa colagem foi feita com vários tipos de colas diferentes, como super-bonder, cola-quente, araldite e cascorez.



Imagem 14: Colocação dos botões 1
Foto: Tariê Drey

Imagem 15: Colocação dos botões 2
Foto: Karine Balzan

Imagem 16: Colocação dos botões 3
Foto: Karine Balzan


Imagem 17: Colocação dos botões 4
Foto: Karine Balzan


Imagem 18: Colagem dos futons na madeira
Foto: Simone Borges


E para ser de fácil entendimento, colocamos, sentados nos futons, calungas que foram impressas, coloridas com lápis-de-cor, recortadas e coladas na obra.


Imagem 19: Pintura das calungas
Foto: Karine Balzan
Elaboração: João Figueira


Imagem 20: detalhe da obra pronta 1
Foto: Karine Balzan

Imagem 21: detalhe da obra pronta 2
Foto: Karine Balzan


Imagem 22: detalhe da obra pronta 3
Foto: Karine Balzan

Imagem 23: detalhe da obra pronta 4
Foto: Karine Balzan


O resultado final:

Imagem 24: obra pronta 1
Foto: Karine Balzan


Imagem 25: obra pronta 2
Foto: Karine Balzan

Obra: Kanbau Ponlines
Data: novembro, 2010.
Dimensão: 1,40m x 1,40m
Acadêmicos: João Figueira
Karine Balzan
Simone Borges
Tariê Drey

A origem do nome que escolhemos para o objeto é a seguinte:
KAN – Kandinsky
BAU – Bauhaus
PON – Pontos
LINES – Linhas



Fontes:


















quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Bauhaus na atualidade


Podemos observar hoje em dia várias obras que tem como inspiração características da Bauhaus, como janelas-fita, fachadas-cortina de vidro, pilotis, plantas baixas livres, entre outros.

Um exemplo de obra da atualidade que foi inspirada na Bauhaus é essa casa na savana de Bogotá, que fica perto da cidade chamada Cajicá. Feita pelo arquiteto Alejandro Castaño, ela buscou as características mais marcantes da arquitetura da Bauhaus e trouxe para a obra com um toque de atualidade.

  Imagem 01: Casa em Bogotá
Fonte: http://www.utilisima.com/decoracion/1029

Nessa primeira foto já podemos observar características marcantes como a fachada branca quase que em sua totalidade, demarcando sua estrutura diferenciada. Também destaca-se as janelas fita em toda sua fachada, e a elevação que é feita por uma parede de tijolos que faz a função de piloti.

  Imagem 02: Contra fachada
Fonte: http://www.utilisima.com/decoracion/1029



No seu interior, espaços amplos e com uma planta baixa bem livre, traz ao projeto mais uma característica importante da Bauhaus.


Imagem 03: Área social e vista.
Fonte: http://www.utilisima.com/decoracion/1029


 Imagem 04: Interior
Fonte: http://www.utilisima.com/decoracion/1029




Imagem 05: Entrada Principal com detalhes em madeira
Fonte: http://www.utilisima.com/decoracion/1029










Referência
http://www.utilisima.com/decoracion/1029

O Deutsche Werkbund - A Federação Alemã do Trabalho

A Deutsche Werkbund foi um movimento arquitetônico que surgiu com o apoio de vários profissionais, dentre eles arquitetos, desings e empresários. Buscando industrializar os produtos esse movimento derivou do outro movimento artístico o Expressionismo, movimento esse que também surgiu na Alemanha.

Imagem 01: Colônia Deutsche


FONTE: http://pt.wikilingue.com/es/Expressionismo

Tempos passado os ingleses investiam no comércio externo e pouco mantiam uma preocupação em modernizar seu próprio país. Em 1849 ocorria a Revolta Saxônica e também a Unificação da Alemanha em 1879 com isso o arquiteto Gottfried Semper (Imagem 02) que deixou seu país para ir à Paris e depois se mudou para Londres.

Imagem 02: Arquiteto Gottfried Semper


FONTE: http://en.wikipedia.org/wiki/Gottfried_Semper

Gottfried sempre escrevia livros e num de seus livro comento-o que com a Era da Industrialização o campo das artes deixou de ser apreciado, encantador e passou a assumir um papel de consumo em massa, principalmente para suprirem necessidades e que os materiais utilizados para construírem objetos estavam passando por transformações através do homem. Semper abordou diversos problemas da cultura alemã e em 1876 seus produtos industriais aplicados à arte foram considerados inferiores em relação aos produtos ingleses.

Franz Reuleaux (Imagem 03) escreveu "Os produtos alemães eram baratos e grosseiros", porque a Alemanha não pensava na qualidade de seus produtos, na sua função, mas sim a preocupação em ganhar da concorrência, no caso os ingleses.

Imagem 03: Franz Reuleaux - Engenheiro Mecânico e Professor.

FONTE: http://translate.google.com.br/translate?hl=pt-br&sl=en&u=

Com essas criticas Bismarck pediu ao Emil Rathenau que construísse uma companhia de eletricidade na Alemanha e Rathenau construiu a Allgemeine Elecktricitats Gesellschft (AEG) em Berlim (Imagem 04).

Imagem 04: Allgemeine Elecktricitats Gesellschft (AEG).

FONTE: http://www.aegelettra.it/eng//azienda/_doc/storia.cfm

Com a saída de Bismarck a Alemanha passou por uma transformação e os críticos falaram que pra Alemanha poder concorrer com outros países, os seus produtos tinham que ser feitos com materiais com ótima qualidade e não materiais baratos sem qualidade e Friedrich Naumann (Imagem 05) social-democrata cristã escreveu que a qualidade dos produtos só seria boa se fossem feitos por pessoas de cultura artísticas.

Imagem 05: Friedrich Naumann

FONTE: http://twoblondegeniesmovie.tripod.com/

Com isso a Alemanha se revoltou e resolveram buscar os estilos ingleses mandando um espião Hermann Muthesius, como já foi comentado no blog no arquivo Bauhaus - Contextualização Histórica postado em 17 de Outubro. Para Muthesius segundo o movimento inglês Arts and Crafts a importância da arquitetura, do mobiliário mostravam uma boa econônia e isso resultava num bom desing final.

Passado três anos Muthesius aliou-se a Naumann e Schmidt contra o grupo de artistas e artesãs e com essa reação, um anos após três homens fundaram a Deutsche Werkbund (Imagem 06), que era composta por doze artistas e doze firmas de produtos artesanais.

Imagem 06: Deutsche Werkbund

FONTE:http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://germanhistorydocs.ghi-dc.org/images/glass%2520house%25203%2520copy1.jpg&imgrefurl=http://germanhistorydocs.ghi-dc.org/sub_imglist.cfm%3Fstartrow%3D31%26sub_id%3D183%26section_id%3D11%26language%3Dgerman&usg=__oAeVGHepcm5mLeN9s5KurlYJK2A=&h=946&w=570&sz=243&hl=pt-br&start=0&sig2=nHYBeRup1A7_MXatqW6R8w&zoom=1&tbnid=NLnKFXeWdPj8wM:&tbnh=126&tbnw=76&ei=Fr3ATKm7AsT_lgeuxrHlCQ&prev=/images%3Fq%3DDeutsche%2BWerkbund%26um%3D1%26hl%3Dpt-br%26sa%3DX%26biw%3D1579%26bih%3D679%26tbs%3Disch:1&um=1&itbs=1&iact=rc&dur=296&oei=Fr3ATKm7AsT_lgeuxrHlCQ&esq=1&page=1&ndsp=39&ved=1t:429,r:4,s:0&tx=52&ty=653Disch:1&um=1&itbs=1&iact=rc&dur=296&oei=Fr3ATKm7AsT_lgeuxrHlCQ&esq=1&page=1&ndsp=39&ved=1t:429,r:4,s:0&tx=52&ty=65

Com a fundação da Werkbund a AEG nomeou um arquiteto chamado Peter Behren (Imagem 07) que apresentou um estilo Zarathustrastil que expressa linha sinuosas e a tentativa de combinar com a forma Nietzschiano. Com isso Lauweriks teve um estilo arquitetônico que se manifestou nos pavilhões de Behren.

Imagem 07: Arquiteto Peter Benher

FONTE: http://www.nndb.com/people/144/000100841/

Behren teve que aceitar a industrialização alemã como uma vida moderna e isso refletiu em sua obra construída para AEG a Fábrica de Turbinas em 1909 (Imagem 08) onde antes seus objetos eram linear em ferro e vidro, estilo Oldenburg.

Imagem 08: Fábrica de Turbinas de Benrer - Hamburgo.

A fábrica de Turbinas apresenta características como uma estrutura de aço leviano, cantos maciços, elementos angulares por sólidos e entre outras, diferente de sua obra neoclássica Embaixada Alemã de São Petesburgo de 1912.
No congresso de Werkbund Muthesius criticou que os objetos individuais feitos por artístas dissendo que não cobririam a demanda da Alemanha e chegou a criar um programa com dez pontos, onde cada ponto demonstrava uma avaliação diante do produtos feitos. Só que a oposição de Van de Velde com Gropius e outros arquitetos fizeram com que Muthesius retiresse seu programa.
O que podemos concluir disso tudo é que o Deutsche Werkbund foi o movimento que mais se aproximou da Bauhaus já que a Art Nouveau não agradava a Gropius, arquiteto responsável pela formação da Bauhaus. Deutsche Werkbund, fundado por Muthesius, onde o fundador desejava criar o Maschinenstil, o estilo da máquina e Gropius que foi membro desse movimento, materializou esse objetivo na Bauhaus.
REFERÊNCIAS

BAUHAUS - Instituição e Influências

Johannes Itten: pintor, escultor e professor suíço nos três primeiros anos de Bauhaus. Inspirado nos conhecimentos de Franz Cizek que através de colagens de materiais diferentes conseguiu desenvolver uma forma de aprendizagem que estimulasse a criatividade individual (ou seja, sair da teoria e aprender na prática), Itten desenvolveu uma espécie de curso preliminar obrigatório aos alunos que estivessem começando a estudar na escola, com o objetivo de que descobrissem suas habilidades específicas e com esse curso pudessem desenvolvê-las melhor. Em 1921, Itten permaneceu por algum tempo em um centro masdeísta voltando na metade do ano. Nesse tempo, estudou a filosofia oriental e aprendeu os ensinamentos do masdeísmo (visão do mundo como uma luta entre o bem e o mal), uma religião que exigia um estilo de vida rigoroso que incluía dietas e jejuns, e exercícios de respiração e relaxamento para o bem-estar físico e mental, fundamentais para estimular a criatividade.

Imagem 01: Johannes Itten Imagem 02: Franz Cizek

FONTE: http://bit.ly/bdYzv3 FONTE: http://bit.ly/9DqCym

Em 1921 e 1922, duas novas personalidades surgiram para compor o grupo de artistas da Bauhaus, são eles: Theo van Doesburg (holandês ligado ao De Stijl) e Wassily Kandinsky (pintor russo, sugerido por Itten). Van Doesburg defendia uma estética racional e atiindividualista, já Kandisnsky, assim como Itten, era adepto de uma arte emotiva, até mesmo mística. Entre os dois, quem se destacou mais na escola foi Van Doesburg, que foi bem recebido e aceito desde o princípio pelos alunos, influenciando na produção dos ateliês, nas regras quanto ao ensinamento na Bauhaus e até no mobiliário do escritório de Gropius (que é mantido inalterado até hoje).

Imagem 03: Theo van Doesburg Imagem 04: Wassily Kandinsky

FONTE: http://bit.ly/cNyz7f FONTE: http://bit.ly/aM0F9c

Devido à crítica situação sócio-econômica em 1922, Gropius precisou modificar o programa original da Bauhaus baseado nos ofícios. Propôs então uma reconciliação entre design artesanal e produção industrial. Isso provocou a demissão de Itten. Seu cargo foi ocupado por László Moholy-Nagy, artista húngaro. Depois de ter entrado em contato com o designer russo El Lissitzky, suas pinturas começaram a ter elementos suprematistas, ou seja, a linha reta, linhas verticais e horizontais, cores primárias, quadrados, etc.

Imagem 05: László Moholy-Nagy Imagem 06: elementos suprematistas, racionalidade através

da pureza geométrica, Obra de Malevich.

FONTE: http://bit.ly/9pcYdf FONTE: http://bit.ly/cBcSvU

Em 1922, Moholy-Nagy foi fazer um pedido por telefone a uma fábrica de letreiros de cinco pinturas esmaltadas. Tendo ele e o vendedor do outro lado da linha um caderno com papel quadriculado na mão, Moholy-Nagy foi ditando as formas em sua posição correta, sem que precisasse mostrar os esboços das pinturas que tinha desenhado. Isso impressionou Gropius, que convidou Moholy a comandar o curso preliminar (antes comandado por Itten) e a oficina de metalurgia. A partir da influência desse professor, os produtos feitos nas oficinas passaram a ter um elementarismo construtivista, ou seja, buscava a integração da arte e indústria. Com o objetivo de revelar as propriedades estáticas e estéticas das estruturas assimétricas livres, introduziu no curso, juntamente com Joseph Albers (professor, escritor, pintor, téorico alemão), exercícios de estruturas de equilíbrio envolvendo madeira, metal, vidro e arame, substituindo o objetivo de contrastar materiais e formas.

Imagem 07: Joseph Albers

FONTE: http://bit.ly/bTEFVk

O estilo elementarista-construtivista foi complementado pela influência do De Stijl em Van Doesburg e pelo pós-cubismo da forma. Isso pode ser observado na Casa Sommerfeld, projetada por Gropius e Meyer e concluída em Berlim-Dahlem em 1922, e a Casa Experimental Bauhaus, projetada por Muche e Meyer. As duas edificações foram construídas e mobiliadas pelas oficinas e ateliês da Bauhaus, com o objetivo de servirem como casas-modelo. A primeira foi projetada como uma casa de madeira tradicional, já a segunda contém os acabamentos mais refinados e mobiliário moderno com o objetivo de ser uma “máquina de viver”, poupando trabalho.

Imagem 08: Casa Sommerfeld Imagem 09: Casa Experimental

FONTE: http://bit.ly/c8CDdm FONTE: http://bit.ly/d9bfgE

Em 1926, a Bauhaus têm uma cede construída em Dessau, na periferia de Berlim, que na época estava em rápida expansão industrial. A partir dessa data, desenvolveu-se cada vez mais a produção de mobiliários como mesas, cadeiras, luminárias, tecidos texturados, entre outros. No início de 1928, Gropius pede demissão, indicando Hannes Meyer (arquiteto suíço) como seu sucessor. A partir desse momento, os objetos da Bauhaus passaram a ser fabricados em maior quantidade, porém agora com ênfase no social, e não mais na estética. Hannes tinha o objetivo de reformular o sistema educacional da Bauhaus introduzindo Sociologia, Economia e Psicologia, para valorizar a racionalidade, o materialismo e o ensino-científico.

Imagem 10: Bauhaus em Dessau, 1926. Imagem 11: Hannes Meyer

FONTE: http://bit.ly/9JCjl5 FONTE: http://bit.ly/cgguq3


Referências:

http://tecendoasabedoria.blogspot.com/p/crenca-fe-e-religiao.html

http://tipografos.net/bauhaus/bauhaus-dessau.html

BENEVOLO, Leonardo. História da arquitetura moderna - Capítulo 14. 3. ed. São Paulo: Perspectiva, 2001. 813 p.

BAUHAUS - Princípios e Origens

A Bauhaus teve como princípio inicial promover uma corporação de artesãos sem diferenciá-los com os artistas (conforme visto no post do dia 17/10). Após muitas mudanças quanto à formação em artes aplicadas na Alemanha, em 1906, fundou-se a Escola de Artes e Ofícios do Grão-ducado, em Weimar. O nome do diretor era Henry van de Velde, arquiteto belga que projetou essa Escola. Foi demitido em 1915, e para a nova direção indicou Walter Gropius, Hermann Obrist e August Endell.


Imagem 01: Henry van de Velde Imagem 02: Walter Gropius
FONTE: http://bit.ly/arTxkr FONTE: http://bit.ly/dbqF6J

Imagem 03: Hermann Obrist Imagem 04: August Endell
FONTE: http://bit.ly/bhuO4d FONTE: http://bit.ly/9a5eZl

A partir de então, iniciou-se uma guerra entre Gropius, que defendia que artesãos e designers deveriam adquirir conhecimento através de ateliês (artes-aplicadas), e entre Mackensen (diretor da Academia de Belas Artes de Grão-Ducado), que defendia que isso acontecesse através de uma academia de belas artes. Essa confusão resultou na união da Academia de Arte e da Escola de Artes e Ofícios, formando a Bauhaus. A base do sistema educacional dessa escola era composta por disciplinas isoladas, cada uma com sua importância na contribuição para a formação dos alunos, como se fossem oficinas. Essa junção de técnicas (ofício, escultura e pintura) seria o que chamamos hoje de Arquitetura.

Imagem 05: Fritz Mackensen
FONTE: http://bit.ly/aZvfxS

Há mais de uma explicação para a origem do nome Bauhaus. Juntando duas teorias chegou-se a seguinte conclusão: Bauhaus é HAUSBAU invertido, que significa construção da casa. Esse nome faz referência à Bauhütte, que significa alojamento de alvanéis que, em uma linguagem mais informal, significa alojamento de construtores/pedreiros, no caso, de catedrais na Idade Média. Como na Idade Média as catedrais eram vistas como templos que uniam vida e arte, a Bauhaus foi fundada com essa finalidade, a de ser a catedral do socialismo e os ateliês seriam os alojamentos dos construtores das catedrais (DomBauhütten).

Imagem 06: Catedral do socialismo
FONTE: http://bit.ly/b38hFt

- Gravura em madeira representando a catedral do futuro como a catedral do socialismo como página de título para o manifesto da Bauhaus, em 1919, de Lyonel Feininger, professor e artista da Bauhaus.

Imagem 07: Lyonel Feininger
FONTE: http://bit.ly/ap0YVm

O resultado de tudo isso já sabemos. foi a criação da escola de arte, arquitetura e design mais influente do século XX.

Imagem 08: Escola BAUHAUS
FONTE: http://bit.ly/9inPuK

REFERÊNCIAS:
http://bit.ly/dhbWoF
http://arktetura.wordpress.com
BENEVOLO, Leonardo. História da arquitetura moderna. 3. ed. São Paulo: Perspectiva, 2001. 813 p.